Quem acha que torcedores ardorosos só existem no Brasil, engana-se redondamente. Os europeus são (e muito) fanáticos pelos seus times de coração. Com a Champions League em sua primeira fase, os nervos já estão aos frangalhos. Lá, observa-se aquele entusiasmo comum ao das torcidas brasileiras.
As maiores rivalidades europeias estão representadas nos clássicos Real Madrid x Barcelona, Internazionale x Milan, Arsenal x Manchester United – para citar alguns. Bandeirões, cantos e fumaças coloridas fazem parte do espetáculo, que muitas vezes é ofuscado por conta da violência. Tanto quanto o Brasil, as brigas entre torcedores conseguem estragam o brilho de muitas disputas e isso vem sendo combatido.
Segundo pesquisas do SPORT + MARKT, a maior torcida europeia é do Barcelona (Espanha) com quase 60 milhões de “culés”, como são chamados. Em segundo lugar, vem a torcida do também espanhol Real Madrid, que tem mais de 32 milhões de madridistas. Esse time, inclusive, conta uma das torcidas organizadas mais atuantes, que é a UltrasSur. Fundada em 1980, ela conta hoje com milhares de sócios, mas já teve em sua história momentos tensos.
O Movimento contra a Intolerância na Espanha já tentou fechá-la alegando atitudes violentas, mas a paixão pelo futebol prevaleceu e mostrou que a melhor forma de acabar com a violência dos torcedores é através da reeducação ao invés da proibição.
Outros exemplos de torcidas influentes e bem antigas estão na Irriducibili, do time Lazio (Itália), e a Gate 13, do Parathinaikos (Grécia). Já a Inter de Milão tem na torcida Curva Nord – nome dado em função da localização (curva norte) do estádio que os fãs se reuniam para torcer – sua maior representante. Até mesmo no Brasil, os torcedores de times europeus costumam se organizar, a exemplo da RedArmyBrazil, que reúne os apaixonados pelo Manchester United (Inglaterra).
As atitudes “hooligans” – comportamento destrutivo e briguento – são, mais comumente, associadas às torcidas europeias, porém, também são associadas às torcidas organizadas do Brasil e em outros lugares do mundo. Felizmente, muito tem sido feito para desmistificar essa imagem e combater a violência no futebol, dentro e fora do campo, como, por exemplo, o aumento do policiamento, a conscientização e até mesmo punição aos times.
O futebol é festa, arte, paixão e emoção. Definitivamente, não combina com agressões e atos violentos. As torcidas, organizadas ou não, dão (e assim devem continuar) com um espetáculo colorido, onde prevaleça a alegria e o espírito esportivo. Seja nas arquibancadas do Brasil, Europa, ou de qualquer parte do planeta! É só vestir a camisa e esperar a vitória!
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